Crianças, idosos e animais, sofrem nas favelas.
Aglomerados subnormais, este é o termo utilizado pelo IBGE
para as favelas, que conforme dados do Censo 2010, identificou 6.329 favelas em
todo o país. Se hoje a palavra favela nos fazer lembrar da criminalidade
existente nas cidades, ela nos faz esquecer o porque da existência desses
bolsões de miséria, que surgiram com a evasão dos trabalhadores rurais para as grandes
cidades em busca de trabalho, comida, e um futuro melhor para os filhos.
Analfabetos e semi-analfabetos, de todas as regiões do
Brasil, traziam consigo uma cultura colonialista, a da procriação. Quanto mais
pessoas, mais braços para a colheita, e para tal nada melhor do que aumentar a
família, é obvio que esqueceram de pensar que também seriam mais bocas para
serem alimentadas, e se o conceito era esse para os humanos, a procriação entre
os animais também era incentivada.
Ao chegar as grandes cidades, e sem encontrar empregos e
moradia dignos, começaram a construir seus barracos de madeira em áreas
próximas aos córregos e rios. Á histórica dificuldade do poder público em criar
políticas habitacionais e populacionais adequadas, são fatores que têm levado
ao crescimento das favelas, além da pobreza e do desemprego, surgiram outros
problemas sociais como o crime, a toxicodependência, e o alcoolismo, as doenças
mentais e o suicídio.
Os problemas de uma favela são muitos, mas os que mais sofrem
dentro delas, são as crianças, os idosos e seus animais, que dependem uns dos
outros para obter um alimento imprescindível a vida humana – o amor
incondicional.
O animalzinho se deixa tocar e acariciar, e está sempre
pronto para mostrar sua satisfação, sua entrega, seu afeto. Se as pessoas de
uma maneira geral precisam desse contato íntimo, que dirá uma criança ou um
idoso carente e solitário. Dar e receber um afago, um chamego, um cafuné produz
um efeito terapêutico.
"O animal de estimação é um catalisador, atrai,
modifica e faz elo, ele promove uma integração, modifica a percepção que as
pessoas tem do ambiente e resgata a afetividade.“
O contato com um cão ou um gato, proporciona melhora da
auto-estima, pela relação carinhosa estabelecida e também pelo fato de despertar
o senso de responsabilidade. Os mais velhos se sentem úteis e valorizados, pois
há alguém ali que precisa deles, de sua atenção e cuidados.
O ser humano em contato com os animais, faz despertar
características como o carinho, a lealdade e a solidariedade.E é possível
vivenciar uma relação baseada na confiança e no amor incondicional - o que,
entre seres humanos, é mais raro.
Não importa o que o humano faça ou diga, o bicho estará
sempre ali para receber e dar atenção. Em resumo, ele não julga, não cobra e
não pretende controlar, não há segundas intenções.
“Ter um animal de estimação ajuda a suprir as carências, e
falta de carinho do ambiente em que vivemos.”
A interação homem-animal potencializa:
-> Sensação de felicidade,
-> Amor incondicional e sem
preconceitos,
-> Segurança ,
-> Companheirismo,
-> A socialização e
comunicação dos indivíduos,
-> Diminui a incidência de
depressão,
-> A prática de exercícios,
-> A Memória, lembranças e
percepção da realidade,
-> Concentração e atenção:
estimula os processos cognitivos das atividades cotidianas,
-> Cooperação e capacidade de
resolução de problemas.
-> Afetividade e elevação da
auto-estima.
-> Habilidade para confiar.
-> Possibilidade de
estabelecer vínculos.
-> Aceitação
E reduz:
è
Estresse, isolamento, solidão, ansiedade em
geral
è
Pressão arterial, freqüência cardíaca,
triglicérides e colesterol
è
Depressão
è
Uso de medicação pscicotrópica e analgésica
Crianças provenientes de familias em risco e adultos com problemas
sociais e de adaptação e fragilizados psicológicamente e socialmente, seriam
mais felizes se convivessem com um animal de estimação.
O simples fato de acariciar um cão ou gato é calmante e atua
no bem estar psicológico. "O animal é um catalisador de emoções, a pessoa
expressa seus sentimentos por meio dele: diz que quem está triste, cansado,
chateado é o bicho".
Estudos com crianças autistas mostram que o convívio com um
animal de estimação, aumenta a liberação de oxitocina, hormônio ligado ao afeto
e à interação social. Vários benefícios para o bem-estar físico e mental já
foram comprovados, como diminuição da pressão sangüínea e da freqüência
cardíaca, melhora do sistema imunológico, da capacidade motora e da
auto-estima, incremento da interação social e, por fim, até uma ação calmante e
antidepressiva.
A simples presença do animal estimula processos
cognitivos, e dá força para enfrentar tratamentos dolorosos e desconfortáveis e
favorece a recuperação física. "Todas as doenças de origem psíquica e as
decorrentes do processo de envelhecimento podem ser atenuadas - como o mal de
Alzheimer, outros tipos de demência senil, depressão e artrite"
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